O artigo apresenta pesquisas realizadas no Brasil, na interface entre educação e saúde, interrogando as experiências vividas e narradas por crianças, entre 6 e 12 anos de idade, hospitalizadas por doenças crônicas. Discute-se o vazio epistemológico quanto a essa temática e o que propõe o paradigma narrativo (auto)biográfico. Focaliza-se a agência das crianças participantes da pesquisa, que para além da justeza de suas interpretações, demonstram a capacidade de criar redes de colaboração e de agir em função do bem viver e de uma ética do cuidado para com elas mesmas e para com o outro na comunidade hospitalar.
Bourdieu, P. (Coord.) (2003). A Miséria do mundo. Tradução Mateus S. Soares Azevedo et al. Petrópolis: Vozes.
Cassirer, E. (1994) Ensaio sobre o homem, São Paulo: Martins Fontes.
Corsaro, W. A. (2009) Métodos etnográficos no estudo da cultura de pares e das transições iniciais na vida das crianças. In: F. Müller (Org.). Teoria e prática na pesquisa com crianças: diálogos com W. Corsaro. Cortez. 83-103.
Cortina, A. (2007) Ética da razão cordial: educar na cidadania no século XXI.
Passeggi, M., Costa, P. (2024) Memorial escolar: a escola como lugar de memórias e de educação da memória. Linguagens, Educação e Sociedade, 28 (57), p.1–30.
Delory-Momberger, C. (2024) História de vida e pesquisa biográfica. Trad. Maria Passeggi, Carolina Kondratiuk, Natal:Edufrn.
Dominicé, Pierre (2000) Histoire de vie et processus de formation. Paris:L’Harmattan.
Flora, L (2013) Savoirs experientiels des malades, pratiques collaboratives avec les professionnels de santé: état des lieux. Éducation permanente, n° 195, 59-72.
Freire, Paulo (1987). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra.
Gilligan, C. (2024). Une voix humaine. L’éthique du care revisitée. Trad. Cécile Roche, Paris:Climats-Flammarion.
https://www.ohchr.org/fr/professionalinterest/pages/crc.aspx
Krenak, A. (2022). O futuro ancestral. São Paulo: Companhia das Letras.
Lani-Bayle, M. (1990). L’enfant et son histoire. Vers une clinique narrative. Toulouse : Érès.
Lani-Bayle, M. ; Passeggi, M. (2014) Raconter l’école : à l’écoute de vécus scolaires en Europe et au Brésil. Paris: L’Harmattan.
Lani-Bayle, M. (2012). Narrativas de vida: motivos, limites e perspectivas. In : M. Passeggi & M. H. Abrahão (Org.). Dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica. T. II. Porto Alegre: Edipucrs; Natal: Edufrn.
Lani-Bayle, M., Passeggi, M., Vasconcelos, S. (2022). Des écoliers racontent leur école. Découvertes, jeux, apprentissages. Paris : L’ Harmattan.
Lani-Bayle, Martine (2018). A criança e sua história. Por uma clínica narrativa. Trad. Maria Passeggi, Sandra Vasconcelos, Natal: Edufrn.
ONU, Organisation des Nations Unies (1989). Convention internationale des droits de l´enfant (CIDE). Résolution nº 44/25 du 20/11/1989.
Pineau, G. (1984). La vie entre en formation permanente. Quelle histoire! Éducation permanente, n° 72-73, 15-24.
Pineau, G. (2005). Emergência de um paradigma antropoformador de pesquisa-formação transdisciplinar. Saúde e Sociedade, 14(3), 102-110.
Pineau, G.; Le Grand, J-L. (2010). Histórias de Vida. Trad. Carlos Braga, Maria Passeggi, Natal, Edufrn.
Prout, A. (2010). Participação política e as condições da infância em mudança. In: F. Müller (Ed.). Infância em perspectiva: políticas, pesquisa e instituições. Cortez, 21- 41.
Qvortrup, J. (2011) Nove teses “sobre a infância como um fenômeno social”. Pro-Posições, 22(1), 199-211.
Ricœur, P. (1990). Temps et récit. L’intrigue et le récit historique. Seuil.
RyckeL, C.; Delvigne, F. (2010) La construction de l’identité par le récit, Psychothérapies, Vol. 30, nº 4, p. 229-240.
Tronto, J. (2009). Un monde vulnérable. Pour une politique du care. La découverte.
Vygotsky, L. S. (2001) A construção do pensamento e da linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes.
Zielinski, A. (2010). L'éthique du care. Une nouvelle façon de prendre soin. Études
https://shs.cairn.info/revue-etudes-2010-12-page-631?lang=fr